domingo, 30 de maio de 2010

Aracy Maria, a professora

Quando seu pai separou-se de sua mãe, ela só tinha 12 anos. Menina do subúrbio do RJ, viu sua vida "apertar" de uma hora para outra. Tinha sonhos de ser uma advogada, mas naquela época, as meninas de bem sempre sonhavam em ser normalistas. Sua irmã 2 anos mais velha, já estava estudando no Colégio Carmela Dutra e assim, foi natural que ela seguisse este caminho, pois conseguiriam mais rápido, sair da condição financeira ruim que se encontravam.

Nestes tempos as professoras eram respeitadas, ganhavam bem e conseguiam exercer sua profissão com muita dignidade. Sem falar que as normalistas eram as "moças" escolhidas pelos cadetes e militares para se casarem.

Com 18 anos ela já estava formada e me lembro que era a moça mais linda que eu já tinha visto. Sempre com cheirinho de flor e com roupas e jóias que me encantavam. Para ganhar ainda mais, ela alfabetizava em casa e eu que sempre a rondava, ficava por perto vendo suas aulas e nas horas em que ela dava uma bobeira, eu brincava com suas anáguas e jóias, sentindo-me maravilhosa.

Aracy sempre ria e me dava uns cascudos quando eu exagerava e fazia algum estrago em suas roupas. Assim foi até eu ter uns 5 anos e em uma aula particular, descobriu que eu já estava lendo, quando respondi o que perguntava a seus alunos.

Ela fez uma festa tão grande que me senti importante e o máximo! Daí em diante, me levou para frequentar como ouvinte, a escola em que ela lecionava.

Passei 6 anos estudando perto dela, ora como aluna, ou somente sendo a queridinha da tia da escola.

Quando passei para o CPII a festa foi completa! E para mim foi uma grande insegurança, pois fiquei longe da minha primeira professora. Competente, durona, dedicada e linda mulher que também soube romper com tantos tabus da época, quando namorava demais, trabalhava demais, ria demais e não casou com militar. E como não pode ser advogada, casou-se com um.

Minha linda prima Aracy Maria.

A menina Leila



Nos últimos dias tenho percebido que as pessoas estão curiosas em minha imagem e nem percebem que isto não é importante.
Já fui chamada até de assombração, pensam que sou alguém que compartilha dos atos que repudio e já me deram alguns nomes.
Fui um vereador, fui uma determinada professora que combate o desgoverno local, fui também um advogado oposicionista e até um radialista.
Já pensaram até que por não ter cara de prefeita, poderia ser uma opção "feia" de combate.

Não importa mesmo qual é a minha cara. Sou o que escrevo com minhas coerências e incoerências. Sou Dunga e Paulo Coelho. Sou estúpida e delicada, mas sou eu, em todos os lugares e, em todas as questões que chegam para que eu viva.

Assim, resolvi mostrar como era minha aparência quando tinha 5 anos e uma linda professora me levou para escola para ocupar meu tempo, já que tinha aprendido a ler e estava cansada de devorar as letras das embalagens, das revistas e jornais lá de casa.

Uma menina magrinha querendo brincar de aluna da mais linda e amada professora que já tive.

Bom, já que viram como fui, agora vou postar como estou. Afinal, a vida tira de nós a beleza da inocência e credulidade em um mundo tão desigual.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

INHOS E ÃO

Gente desculpe minha ignorância, mas não sei se entendo a diferença entre inhos e ãos.
Os inhos estão sendo destroçados, e pelo que leio e vivi, devem mesmo receber este fim de dinastia. Só não entendo os motivos que levam tanto tempo para que o ão tenha o mesmo destino.

Os inhos são de uma dinastia que se uniram ao que pensávamos haver de pior neste país.
Tivemos inhos representando milícias, temos inhos que em nome da fé cristã evangélica, enganam e surrupiam os cofres públicos. É justo e necessário que esta dinastia tenha este fim.

E em nosso pequeno reinado, desconhecido da grande mídia, continua a tirania do grupo do aão.
Não podemos pensar que se trata de uma dinastia, mas é um usurpador da boa-fé do povo que, com seu estilo bajulador, que sem carisma algum, surrupiando o que existe de pior em cada mau governo que passa por nosso país, consegue se manter no poder do pequeno reinado.
Usa os mesmos artifícios, em nome de Deus comete absurdos contra a população, deixando de lado qualquer política pública que atenda as necessidades do povo. Saúde, educação, transporte e economia de nosso pequeno reinado, são motivos de humilhação para nós.

Em nome da governabilidade, faz pacto e trai a todos e qualquer um.
Homem mau trai a si, família e seu povo. Desgoverna com mediocridade. Seus gestores são reflexos de sua incompetência, ganância e sordidez.
Comete os mesmos deslizes dos inhos e mesmo assim continua a rebolar no poder.

Até quando teremos que viver sob a batuta do ão?
Até quando viveremos esta parcialidade da justiça?
Até quando perderemos as esperanças de próximos dias melhores?

Mangaratiba - Vereador Célio Lopes- mais um!

O Dia On line

Rio- Um homem acusado de ter participado da morte do vereador Célio Lopes, o Célio Dentista, do PSDB, foi preso por policiais militares do 24º BPM (Queimados), em Paracambi, na Baixada Fluminense, no fim da noite de quinta-feira.

Segundo os policiais, Manuel da Silva, 44 anos, o Manu, foi preso na Rua Alzira Zarur, próximo à estrada férrea.O acusado, que está sendo alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF), foi conduzido à 51ª DP (Paracambi).

O vereador Célio Lopes foi morto dentro de um bar na Praia de Mangaratiba, com um tiro na testa, em junho do ano passado.




Pergunta que não quer calar:

Será o último? Ou a justiça vai segurar todos?

domingo, 23 de maio de 2010

MARINA SILVA

Texto da wilkipedia

Biografia e vida pessoal
Nasceu em uma "colocação" (casas de seringueiros, geralmente construídas sobre palafitas) chamada Breu Velho, no seringal Bagaço, a 70 km do centro de Rio Branco, capital do estado do Acre.[3] Seus pais, Pedro Augusto e Maria Augusta da Silva, tiveram onze filhos, dos quais oito sobreviveram.[4]

Aos 15 anos foi levada para a capital, com uma hepatite confundida com malária. Teve a proteção do então bispo do Acre, Dom Moacyr Grechi, que a acolheu na casa das irmãs Servas de Maria. Analfabeta, foi matriculada no Mobral, projeto de alfabetização do regime militar. Seu primeiro emprego foi de empregada doméstica.

Marina Silva é casada e possui quatro filhos. [5] A pesar de ter sido educada no catolicismo, hoje professa o cristianismo evangélico.

Trajetória política

Em 1981 entrou na Universidade Federal do Acre, onde formou-se em História. Na universidade, Marina acabou por ter contato com obras marxistas, o que a levou, por influência da igreja católica, ao entrar para o Partido Revolucionário Comunista (PRC), que se abrigava no Partido dos Trabalhadores, sob o comando do deputado José Genoíno.[7]

Foi professora na rede de ensino de segundo grau e engajou-se no movimento sindical. Foi companheira de luta de Chico Mendes e com ele fundou a Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Acre em 1985, da qual foi vice-coordenadora até 1986. Nesse ano, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) e candidatou-se a deputada federal, porém não foi eleita.

Em 1988, foi a vereadora mais votada do município de Rio Branco, conquistando a única vaga da esquerda na câmara municipal. Como vereadora, causou polêmica por combater os privilégios dos vereadores e devolver benefícios financeiros que os demais vereadores também recebiam. Com isso passou a ter muitos adversários políticos, mas a admiração popular também cresceu.
Marina Silva discursa durante o lançamento do Plano Amazônia Sustentável, em 8 de maio de 2008.

Exerceu seu mandato de vereadora até 1990. Nesse ano candidatou-se a deputada estadual e obteve novamente a maior votação. Logo no primeiro ano do novo mandato descobriu-se doente: havia sido contaminada por metais pesados quando ainda vivia no seringal.

Em 1994 foi eleita senadora da República, pelo estado do Acre, com a maior votação, enfrentando uma tradição de vitória exclusiva de ex-governadores e grandes empresários do estado. Foi Secretária Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Partido dos Trabalhadores, de 1995 a 1997. Pode-se dizer que se tornou uma das principais vozes da Amazônia, tendo sido responsável por vários projetos, entre eles o de regulamentação do acesso aos recursos da biodiversidade.

Ministério do Meio Ambiente
Marina e Dilma Rousseff tinham divergências desde quando Dilma era ministra de Minas e Energia.

Em 2003, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República, foi nomeada ministra do Meio Ambiente. Desde então, enfrentou conflitos constantes com outros ministros do governo, quando os interesses econômicos se contrapunham aos objetivos de preservação ambiental. Marina afirmou que desde a reeleição do presidente Lula, no fim de 2006, alguns projetos importantes de sua gestão, como a criação de áreas protegidas na floresta amazônica, haviam sido praticamente paralisados. Durante o primeiro governo Lula (2003-2006), foram delimitados 24 milhões de hectares verdes , contra apenas 300 mil hectares em 2007.

Em dezembro de 2006, enfraquecida por uma disputa com a Casa Civil, que a acusava de atrasar licenças ambientais para a realização de obras de infra-estrutura, a ministra avisara que não estaria disposta a flexibilizar a gestão da pasta para permanecer no governo.

Ultimamente agravaram-se as divergências com a ministra Dilma Rousseff da Casa Civil pela demora da liberação das licenças ambientais pelo Ibama para as obras no rio Madeira, em Rondônia. Essa demora e o rigor na liberação das licenças foram considerados como um bloqueio ao crescimento econômico.[8]

Marina Silva também denunciou pressões dos governadores de Mato Grosso, Blairo Maggi, e de Rondônia, Ivo Cassol, para rever as medidas de combate ao desmatamento na Amazônia.[9]

Em 13 de maio de 2008, cinco dias após o lançamento do Plano Amazônia Sustentável (PAS), cuja administração foi atribuída a Roberto Mangabeira Unger, Marina Silva entregou sua carta de demissão[10] ao Presidente da República, em razão da falta de sustentação à política ambiental, e voltou ao exercício do seu mandato no Senado.

Presidenciável
Pré-candidata Marina Silva com o cantor e apresentador Lobão.

Em 2007 um movimento apartidário de cidadãos, denominado "Movimento Marina Silva Presidente", iniciou a defesa pública de sua candidatura à presidência da República. A repercussão internacional deste movimento fez com que o PV Europeu pressionasse o PV do Brasil a convidá-la para afiliar-se em seus quadros.

Assim, desde agosto de 2009, é cogitada a ser candidata à presidência da República pelo Partido Verde (PV). Líderes do PV articulam um leque de apoio que dê envergadura eleitoral à eventual candidatura em 2010.

No dia 19 de agosto de 2009, Marina Silva anunciou sua desfiliação do Partido dos Trabalhadores (PT). Marina disse que a decisão foi sofrida e a comparou com o fato de ter deixado a casa dos pais há 35 anos num seringal rumo a uma cidade grande. "Não se trata mais de fazer embate dentro de um partido em que eu estava há cerca de 30 anos, mas o embate em favor do desenvolvimento sustentável."


Capacidade para governar um país?

Sua vida é a própria capacidade de superar, reencaminhar-se, conduzir e principalmente liderar sem ostentar algo que tenha a cara de fabricação, conserto, remendo e arrogância.