domingo, 15 de abril de 2012

Eminência parda.... um pouco de história!


Em política eminência parda é o nome que se dá quando determinado sujeito não é o governante supremo de tal reino ou país mas é o verdadeiro poderoso, agindo muitas vezes por trás do soberano legítimo, o qual é uma marionete dele, e pode muito bem ser deposto pela eminência parda caso este não o agrade. A eminência parda ainda pode se utilizar de qualquer tipo de poder para exercer seu poder, seja ele militar, econômico, religioso e/ou político. - Fonte: Wilkipédia


A história nos traz diversos exemplos, mas podemos resumir o sentido da expressão, com este texto:

"Eminência parda (no Francês, Eminence Grise) era como chamavam François Leclerc, Marquês de Tremblay (1577-1638), que se retirou da vida mundana e ingressou na ordem dos Capuchinhos, com o nome de Père Joseph (Frei José), tornando-se o secretário particular, conselheiro e confidente do Cardeal Richelieu, o verdadeiro homem forte da França de Luis XIII. A influência que Père Joseph exercia sobre o Cardeal fez dele um das mais poderosas figuras do reino, embora não ocupasse nenhum cargo oficial.

Eminência é, até hoje, o tratamento dispensado aos cardeais. Richelieu, que usava o tradicional hábito púrpura tradicional, era conhecido como a Eminence Rouge, enquanto Père Joseph, por causa da cor do hábito dos capuchinhos, era apelidado, um tanto ironicamente, de Eminence Grise. Esta expressão serve hoje para designar qualquer pessoa que se mantém nos bastidores da vida pública mas exerce secretamente o poder. É o que realmente manda, mas não aparece" Fonte: http://www.sualingua.com.br/02/02_eminen…


E em nossa história Richelieu, é ídolo e continua com seus seguidores... Chalaça, foi um dos mais marcantes para o Brasil. Dono de uma inteligência que para a época era considerada acima da média, mas que hoje percebemos que aquilo que se mostrava como inteligência, não passava de astúcia e mau caratismo. O jovem imperador D. Pedro I , não conseguia viver sem seu "secretário". O poder de Chalaça era tanto, que nomeava ministros, secretários e de quebra, alimentava as farras e as orgias de D. Pedro I, homem festeiro, ops, e mulherengo. E foi em uma destas escapadas conjugais proporcionadas por Chalaça que D. Pedro I conheceu Domitilia, que mais tarde recebeu o título de Marquesa dos Santos.

Dando uma volta pela Rússia, encontramos o velho e conhecido Rasputin....mistura de feiticeiro, hipnotizador, conselheiro, charlatão e canalha, que após salvar o filho do czar de uma crise decorrente de hemofilia, passou a ter total confiança e veneração por parte da czarina. Mas, a história nos conta que se engana e se oprime um povo ou alguns grupos, somente por algum tempo...nunca o tempo todo.

O homem mandava muito na Rússia e como toda eminência parda...colocava o czar em muitas frias. A Primeira Guerra Mundial trará novos contornos à atuação de Rasputin, já odiado pelo povo, que o acusa de espionagem ao serviço da Alemanha. Escapa a várias tentativas de aniquilamento, mas acaba por ser vítima de uma trama de aristocratas da grande estirpe russa. E lá se foi Rasputin para o fim...

E para não nos alongarmos, chegamos aos anos de chumbo no Brasil e encontramos Golbery do Couto e Silva. O verdadeiro articulador do regime militar do começo ao fim....Foi praticamente o responsável por cada um dos generais que ocuparam a presidência, mas também foi o primeiro a pensar no fim do regime, entre os militares. Por culpa dele, podemos dizer que foram poupados os perseguidores da democracia.

Bem, o que mais me fascina é que quando entramos nas delícias da história, percebemos que certos comportamentos se repetem, independente do regime adotado, do século vivido ou da mensagem que se quer transmitir a sociedade.

E pensando com clareza, podemos ver que estas eminências acontecem tanto em grande escala, a nível de país, como em microuniversos que são os estados e municípios. Quando isto acontece, a microhistória regional, acaba influenciado também a macrohistória da sociedade em geral.. 

Será que alguém já viu isto acontecer ?
 




9 comentários:

  1. rsrsrsrs Bilhantismo é teu nome! Se dar nomes aos bois, hoje, aqui na nossa terra, não fosse tão perigoso, te citaria pelo menos uns 3... e te afianço, dos mais perigosos!

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  2. boa aula de história! só espero que as pessoas façam a ligação entre passado e presente. entre as consequencias do passado e as do presente.

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  3. PARECE A HISTÓRIA DE MANGARATIBA COM BINDECA, HUMBERTO VAZ, PEDRO BERTINO E OUTROS RSRSRSR

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  4. Nossa ,que sacada! estamos no meio deste filme.aqui em Mangaratiba.

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  5. E além de eminências pardas, também poderiam, ao longo da história, ser chamados de "Gênios do Mal"... rsss

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  6. Belíssimo texto e que certamente tem destino, mas que por ironia uma grande parcela de mangaratiba não consegue interpretar e muito menos extirpar da vida pública. !!! Valeu um texto profundo, real e oportuno.

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  7. Que mal fizemos a Deus para suportar as eminências que corrompem a inocência do povo pacato e ordeiro de mangaratiba !!!

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  8. ... LEGALMENTE É CRIME; É CONTRAVENÇÃO; É INFRAÇÃO; É PROIBIDO !!! MAS POLITICAMENTE SE RESOLVE, E ASSIM VAMOS CRITICANDO AS FALCATRUAS DO CONGRESSO, TODAVIA FAZENDO AS NOSSAS, BURLAMOS, CORROMPEMOS, E QUEREMOS SEMPRE UM JEITINHO BRASILEIRO DE SER, UMA CULTURA QUE SE ARRASTA PELO BRASIL À FORA. COMO SONHAR COM UM MUNDO MELHOR ? E VOCÊ FAZ A SUA PARTE OU FAZ PARTE DO DÁ CÁ O MEU !!! "MANGARATIBA VIVE A SÍNDROME DA VANTAGEM PESSOAL..."

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  9. Mangaratiba faz parte daqueles grupos de sociedade que nos devia alertar de que estamos passivos demais... afinal, qual vantagem indidividual estão recebendo?

    Nenhuma! Penso que e falta de visão e esperança sadia...não aquela esperança de entrega de seu destino nas mãos de algum salvador....mas, a esperança que move e impulsiona as pessoas a ação e reação!!!!!!!!

    E esta só vem à partir de exemplos e de formação de sua gente. Não dá para ser de outra forma, já que estamos sempre oprimidos e subjugados ao poder que elegemos. Retaliações, discursos de vingança, de queima da dignidade... isto acaba promovendo o silêncio e o instinto animal de sobrevivência. Deixamos o racional de lado e vivemos eternamente na sensação de medo.

    Os próprios opressores se encarregam de demonstrar sem pudor suas práticas doentias.

    A relação da sociedade com o poder é doentia... e temos como obrigação, elevar a auto estima da população e cair de sopetão em cima desta malha que deixamos que nos envolvessem....

    Mão na massa, cada um fazendo o possível para promover a união em torno de nossa vida cidadã.

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