O noticiário nos faz amanhecer perturbadoramente reflexivos...
São crimes, corrupção, desempregos, quebra quebra, impunidade e sobrevivência disputando o espaço informativo.
E hoje, a desumana fila em busca de uma colocação nos contratos oferecidos por nosso município vizinho, Itaguaí, me fez lembrar de um grande romance que li em minha adolescência e do belo filme baseado nesta narrativa. O livro, chama-se "A noite dos desesperados" de Horace Mccoy, publicado em 1935 e tão atual. Já o filme, é de 1969, com Jane Fonda e dirigido por Sidney Pollack, onde em plena fase da grande depressão do EUA, pessoas participavam de concursos de dança, onde a maratona durava até a exaustão. Desempregados, famintos, desesperados e vivos somente pelo instinto natural de sobrevivência, dançavam por vezes, até a morte.
O prêmio eram alguns dólares, oferecido por patrocinadores e comida e roupas enquanto participavam do concurso.
"No limite de suas forças, no limite da tragédia, assistia-se a um
espetáculo cruel, no qual os próprios valores humanos perdiam sentido no
movimento contínuo e irracional que deveria ser executado por, dias,
semanas." - como sinaliza Eliana Sá, editora Sá.
Em tempos de grave crise econômica, estamos revivendo estes espetáculos grotescos de confusão social, de limites rompidos, de sobrevivência a qualquer custo. Os dramas pessoais, passam a ser os dramas coletivos, pois ninguém escapa das alterações conceituais e morais que isto nos provoca. Estamos sem rumo, sem ética, sem perspectiva de dias melhores, ou de retomada de melhores valores, tanto como pessoas, como sociedade.
As religiões, a política e o judiciário refletem a perturbadora desumanização que estamos sofrendo e que já afeta as novas gerações.
Tudo que vivemos em nossos pequenos núcleos sociais, podemos projetar para o mundo todo. Confusão social... desumanização!
É o muro do Trump, são as barreiras aos refugiados, a ideia estapafúrdia de impedir que pessoas de outros municípios concorram a empregos, é a baba que expelem os que desejam vinganças para punir com mortes aqueles que a falta de poder público deixa impune, a apologia ao crime e a massificação de imagens de pessoas assassinadas com requintes de crueldade. São as pragas e maldições que professam os "ungidos" por um Deus que só eles conhecem, pois o Deus da maioria, professa amor, justiça e solidariedade.
É.... estamos vivendo uma longa noite de desespero!
Desespero irracional porque parece que é só para entrega de documentos,sem prioridade de chegada,já que todos serão atendidos.
ResponderExcluirVão pagar"de acordo com o cargo e vão de R$ 797,19 à R$ 1.395,74"
Perguntei ao Prof.Lauro:
É legal pagar menos que o salário mínimo?
Ele me esclareceu:
"Esse valor de 797,19 é para professor que vai trabalhar 16 horas semanais"
Ah bom...