Com a palavra, Rudolph Hasan:
Intolerância, Preconceitos e Conservadorismo
É de espantar as recentes críticas que tem aparecido nas redes sociais a Marina Silva, chega a ser assombroso o teor
das opiniões que circulam na rede, mas por um lado, e somente por esse
lado, é positivo o que está ocorrendo, por demonstrar com clareza e sem
escaramuças, o quanto nossa sociedade ainda é MACHISTA, RACISTA E
INTOLERANTE!
Marina Silva
desde que iniciou o processo de formação da Rede Sustentabilidade, junto
a vários agentes da sociedade, demonstrou claramente a partir dos
Estatutos do Partido, sua intenção de transformar a política
tradicional, jogando pra escanteio o velho modelo político. Através de
vários mecanismos de participação popular, a Rede vêm propondo uma
ampliação dos espaços de participação, o que na minha opinião, amplifica
o caminho para a tão sonhada “Democracia Participativa e Direta”, mesmo
que ainda sob a forma da institucionalidade (que ao meu ver não será
superada de hoje para amanhã).
Tal proposta da Rede, faz tremer os velhos adeptos das tradicionais e mal fadadas práticas políticas, fisiológicos convictos e pragmáticos de gabinetes, praticantes dos acordões de corredor e dos mais espúrios negócios do “poder”. Nessa perspectiva, e visto a alta popularidade de Marina, inicia-se uma campanha extremamente suja contra essa mulher, que em primeira instância visa impedir o fortalecimento de um modelo participativo e mais democrático de se fazer política, como também, retardar a ascensão ao Planalto de um SÍMBOLO daquilo que as oligarquias e a cultura conservadora brasileira mais oprimiu por séculos: A mulher, o pobre, o índio, o negro e o religioso adepto do credo “não oficial”.
É lamentável ver indivíduos que se dizem afinados com a “esquerda”, tecerem críticas tão perversas contra a menina dos seringais. Dizem os oportunistas que ela “não presta” por ter amizade com a herdeira do Banco Itaú e com empresário dono da Natura, mas não observam a mesma medida quanto as relações do PT com Odebrech, Camargo Corrêa, OAS, Banco Bradesco, Maluf, Fernando Collor, Sarney, Calheiros...devo continuar? Outra crítica que tem sido feito a Marina Silva justamente por grupos ditos de “esquerda”, diz respeito a opção religiosa da moça, que é Protestante. Falam os sabiás, que Marina é “fundamentalista”, “contra o aborto” e “casamento Gay”. As perversas afirmações falaciosas só evidenciam o tamanho de nossa intolerância religiosa. Marina Silva sempre afirmou separar suas convicções religiosas da sua atuação institucional e ainda em 2010 foi mais avançada do que qualquer um dos candidatos ao propor um grande debate nacional sobre os temas, abrindo esses “tabus” e colocando na mesa de cada brasileiro esses temas tratados ainda com muitos dedos. Aos desavisados, nos quadros da Rede Sustentabilidade, inclusive em esferas de direção de executivas, existem indivíduos das mais variadas orientações sexuais, como transexuais que ocupam cargos de destaque, diferente da maioria dos demais partidos.
Ainda sob as críticas provenientes dos partidos que compõe o governo, observa-se a prepotência estrutural da narrativa anti-Marina, quando pauta a candidata como perigosa por comungar de uma doutrina religiosa, e absolve das mesmas críticas Dilma, pelo simples fato de ser ateia, jogando pra baixo do tapete qualquer crítica relativa ao alinhamento da mesma a IURD, Garotinho e CNBB. Dilma pode, Marina não? Nesse aspecto, se revela justamente o grande fracasso do PT, que se baseou na tratativa da “governabilidade”, sentou com “Deus” e o “Diabo”, abraçou Pezão, Garotinhos e Malufs e não diferenciou-se, perdeu sua marca e coerência no achismo de que o povo na hora “H” iria na lógica do “menos pior”, optando por Dilma em detrimento a Aécio, até que Marina voltou ao cenário.
Da parte da “direita”, a crítica a Marina recai justamente por seus longos anos de PT, CUT e militância ambientalista. No período em que esteve no ministério do meio ambiente, pedidos e mais pedidos de licenças ambientais para construção de barragens ou exploração de terras virgens, se amontoavam nas prateleiras do setor de protocolo, sendo em sua maioria indeferidos pela ministra. Os ruralistas acusam Marina de travar o “desenvolvimento” do País com um discurso “verde”, mas comungam do mesmo medo dos governistas em perder espaço de influência na política nacional, com uma possível implantação de um modelo democrático e participativo de gestão, que de fato permita o avançar do tão combatido “poder popular”. Não digo aqui que Marina será arauto de uma “revolução”, nada disso, mas sem dúvida suas propostas podem representar um ponto de corte na política brasileira, trazendo avanços significativos e potencializando as vozes que emergem das ruas.
No fundo no fundo, fica nítido pra mim que a maioria dessas críticas, elencadas tanto pela “exquerda” quanto pela “direita”, tem como arcabouço os velhos preconceitos que reproduzimos todos os dias. Para as elites conservadoras, sejam elas as burocráticas ou as endinheiradas, a eleição de uma mulher índia, vista inclusive por muitos como negra, de cabelo duro, que só foi alfabetizar-se na adolescência, de formação política marxista e que professa uma religião que nos dias de hoje é maioria na “cozinha da casa grande”, representa simbolicamente a subversão dos valores mais atrasados, por tanto tempo tão defendidos e por elas sustentados.
Que venham as críticas...vejamos se da casa grande ou dos capitães do mato...
Tal proposta da Rede, faz tremer os velhos adeptos das tradicionais e mal fadadas práticas políticas, fisiológicos convictos e pragmáticos de gabinetes, praticantes dos acordões de corredor e dos mais espúrios negócios do “poder”. Nessa perspectiva, e visto a alta popularidade de Marina, inicia-se uma campanha extremamente suja contra essa mulher, que em primeira instância visa impedir o fortalecimento de um modelo participativo e mais democrático de se fazer política, como também, retardar a ascensão ao Planalto de um SÍMBOLO daquilo que as oligarquias e a cultura conservadora brasileira mais oprimiu por séculos: A mulher, o pobre, o índio, o negro e o religioso adepto do credo “não oficial”.
É lamentável ver indivíduos que se dizem afinados com a “esquerda”, tecerem críticas tão perversas contra a menina dos seringais. Dizem os oportunistas que ela “não presta” por ter amizade com a herdeira do Banco Itaú e com empresário dono da Natura, mas não observam a mesma medida quanto as relações do PT com Odebrech, Camargo Corrêa, OAS, Banco Bradesco, Maluf, Fernando Collor, Sarney, Calheiros...devo continuar? Outra crítica que tem sido feito a Marina Silva justamente por grupos ditos de “esquerda”, diz respeito a opção religiosa da moça, que é Protestante. Falam os sabiás, que Marina é “fundamentalista”, “contra o aborto” e “casamento Gay”. As perversas afirmações falaciosas só evidenciam o tamanho de nossa intolerância religiosa. Marina Silva sempre afirmou separar suas convicções religiosas da sua atuação institucional e ainda em 2010 foi mais avançada do que qualquer um dos candidatos ao propor um grande debate nacional sobre os temas, abrindo esses “tabus” e colocando na mesa de cada brasileiro esses temas tratados ainda com muitos dedos. Aos desavisados, nos quadros da Rede Sustentabilidade, inclusive em esferas de direção de executivas, existem indivíduos das mais variadas orientações sexuais, como transexuais que ocupam cargos de destaque, diferente da maioria dos demais partidos.
Ainda sob as críticas provenientes dos partidos que compõe o governo, observa-se a prepotência estrutural da narrativa anti-Marina, quando pauta a candidata como perigosa por comungar de uma doutrina religiosa, e absolve das mesmas críticas Dilma, pelo simples fato de ser ateia, jogando pra baixo do tapete qualquer crítica relativa ao alinhamento da mesma a IURD, Garotinho e CNBB. Dilma pode, Marina não? Nesse aspecto, se revela justamente o grande fracasso do PT, que se baseou na tratativa da “governabilidade”, sentou com “Deus” e o “Diabo”, abraçou Pezão, Garotinhos e Malufs e não diferenciou-se, perdeu sua marca e coerência no achismo de que o povo na hora “H” iria na lógica do “menos pior”, optando por Dilma em detrimento a Aécio, até que Marina voltou ao cenário.
Da parte da “direita”, a crítica a Marina recai justamente por seus longos anos de PT, CUT e militância ambientalista. No período em que esteve no ministério do meio ambiente, pedidos e mais pedidos de licenças ambientais para construção de barragens ou exploração de terras virgens, se amontoavam nas prateleiras do setor de protocolo, sendo em sua maioria indeferidos pela ministra. Os ruralistas acusam Marina de travar o “desenvolvimento” do País com um discurso “verde”, mas comungam do mesmo medo dos governistas em perder espaço de influência na política nacional, com uma possível implantação de um modelo democrático e participativo de gestão, que de fato permita o avançar do tão combatido “poder popular”. Não digo aqui que Marina será arauto de uma “revolução”, nada disso, mas sem dúvida suas propostas podem representar um ponto de corte na política brasileira, trazendo avanços significativos e potencializando as vozes que emergem das ruas.
No fundo no fundo, fica nítido pra mim que a maioria dessas críticas, elencadas tanto pela “exquerda” quanto pela “direita”, tem como arcabouço os velhos preconceitos que reproduzimos todos os dias. Para as elites conservadoras, sejam elas as burocráticas ou as endinheiradas, a eleição de uma mulher índia, vista inclusive por muitos como negra, de cabelo duro, que só foi alfabetizar-se na adolescência, de formação política marxista e que professa uma religião que nos dias de hoje é maioria na “cozinha da casa grande”, representa simbolicamente a subversão dos valores mais atrasados, por tanto tempo tão defendidos e por elas sustentados.
Que venham as críticas...vejamos se da casa grande ou dos capitães do mato...