sábado, 3 de agosto de 2013

A crítica e nossas motivações.



Hoje, estou muito estranha... talvez seja a constatação de que apesar de ver a cada instante mais e mais pessoas se antenando com a vida comunitária, percebo também muitos tentando fazer um jogo esquisito de induções... e pessoas, que são privilegiadas em conhecimento, em informações, mas que simplesmente deixam a oportunidade de "somar" para que possam desagregar...

A palavra crítica vem do grego crinein que significa separar, julgar.

 A crítica  é a arte de julgar uma obra seja ela  intelectual, artística ou literária bem como um juízo moral ou intelectual.
Todos os dias nos vemos envolvidos com críticas... na mídia, na internet, nas ruas e em nosso ambiente de trabalho e até mesmo em nossas casas.
 
 Estas críticas podem ser produzidas  à partir de conhecimentos específicos de uma determinada obra ou teoria ou podem ser simplesmente um ato de liberdade de expressão. Isso até que é útil e saudável, pois permite que pessoas com menos tempo, informação ou conhecimento avaliem se querem ou não ler um livro, se algo está indo ao encontro de nossas expectativas ou se atendem nossas necessidades.


Mas este trabalho ou "direito" de livre expressão, não para neste fim, pois eles são também formadores de opinião por excelência... e é aí que reside um perigo devastador, pois nos deparamos com inúmeras críticas tendenciosas, corrompidas, encomendadas, sem base, sem critério e sem seriedade.

Mesmo em críticas profissionais, podemos perceber muitas vezes a manipulação. E como uma grande parte das pessoas acabam sendo meras repetidoras, sem filtrar ou tentar usar o raciocínio e refletir sobre a informação que recebe, estas  acabam por se tornar pensamento coletivo e nortearão  os comportamentos e as tendências. 

 E o que penso ser pior ainda, a crítica que poderia ser uma ferramenta de ajuste, torna-se algo a ser combatido e esvazia-se por pressões e por ter perdido a razão primordial de existir. Faltando ética ou decência, não terá força ou poder de persuasão por muito tempo.

Mas, isto  não é um privilégio do nosso século, foi e provavelmente será sempre assim pois é da própria natureza humana a busca de poder e manipulação.

Quando aceitarmos que não temos todos os fatos, não sentimos todos os sentimentos, não somos donos da razão, não percebemos todos os fatores envolvidos   e que não representamos todos os gostos, poderemos perceber, nos posicionar, discordar e exercer o papel de analisar e deixaremos de lado a ação repetidora, que citei anteriormente e passaremos a ser elementos de uma matemática que soma, soma e soma para o desenvolvimento de todos nós. Portanto, tudo que escrevemos ou falamos, se não for repleto de carinho, transbordante de lógica e raciocínio ético, será em vão.

Quando fazemos o mea culpa, quando lemos ansiosos os comentários ou a réplica daquilo que escrevemos ou dissemos, estaremos abertos a troca e a mudanças comportamentais que só nos torna mais humanos e conscientes do papel de formadores de novos conceitos entre nós.

Sempre teremos a maneira certa de agir, cabe a nós escolher se queremos ser usados ou usar aqueles que nos dedicam sua atenção. E como não somos isentos de personalidade, nas críticas colocaremos o peso de nossa formação, a força de nossas convicções...mas, é por isto que devemos nos lapidar e estarmos abertos para receber também ... críticas!!!

Tarefa difícil????? Muito... mas é por aí que conseguiremos atingir os objetivos menos mesquinhos e dolosos que se proliferam em um mundo globalizado e tão superficial...
 


Correção:
A palavra "crítica" foi precedida pelo termo latino critica, "apreciação", "julgamento", adaptação do grego kritike. Criticar é praticar a arte de avaliar e julgar.

2 comentários:

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