domingo, 27 de junho de 2010

Os números que pouca gente viu.. e o que eles dizem

Postado em 25/06/2010 por Equipe Marina | Categoria(s): Eco

Por Mariana Sanchez

Todo mundo já falou que Marina Silva aparece como dona de 9% das intenções de voto na última pesquisa CNI/Ibope, num cenário que leva em conta apenas os três principais candidatos na última pesquisa. A pesquisa completa, no entanto, traz números que pouca gente viu e que permitem entender melhor quem é o eleitor de Marina Silva e quais são os seus desafios.

O eleitor

* - Confirma-se a impressão de que Marina vai bem entre os que têm mais anos de escola. Ela alcança 14% da preferência entre aqueles com ensino superior, contra 6% entre os que fizeram até a 4a. série do ensino fundamental.
* - Marina vai melhor em municípios grandes e nas capitais. Quando a cidade tem mais de 100 mil habitantes, ela atinge 11%, contra 7% em municípios menores. Nas capitais ela obtém 13%, contra 5% em áreas periféricas.
* - Atrai as classes A e B. Entre os que ganham mais de 10 salários mínimos por mês, Marina alcança 20% da preferência. Na faixa de um a dois salários mínimos ela leva só 7% dos votos.

O (des)conhecimento

O nível de conhecimento dos eleitores sobre Marina subiu em 12%, o que animou a campanha. Mas Marina ainda é bastante desconhecida. Somando-se os que nunca tinham ouvido falar dela até o dia da pesquisa e os que não sabiam dela mais que o nome, para quase metade dos pesquisados (46%) Marina é ainda uma incógnita. Conforme diminui o seu desconhecimento ela obtém mais votos. Entre os mais escolarizados, apenas 24% disse nunca ter ouvido falar ou conhecer apenas o nome da candidata. Não por acaso é nesse mesmo grupo que ela obtém mais votos. Resta saber se ao aumentar o nível de conhecimento sobre si entre os eleitores mais pobres e com menos anos de escola ela vai ser também capaz de conquistá-los. Com apenas um minuto e meio de TV e considerando-se que os brasileiros se informam maciçamente pelo veículo, esse é um desafio para Marina.

Votar ou não votar

A probabilidade de voto em Marina também aumentou, em 9%. Os que votariam nela com certeza e os que poderiam votar nela somam 43%.

Sem herança

Apesar de ter sido ministra no governo Lula, fundadora do PT e de ter uma trajetória de vida parecida com a do presidente, o que poderia levar o eleitorado a achar que ela é a herdeira de Lula, apenas 1% dos pesquisados respondeu que Marina era a candidata apoiada pelo presidente.

A calibragem do discurso

Reivindicar para si a bandeira do meio ambiente e criticar a política do governo no assunto pode não ser bom negócio para Marina. De acordo com a pesquisa, 57% dos pesquisados aprova as medidas tomadas na gestão Lula em relação ao meio ambiente. Se não estão descontentes, os eleitores não têm porque abandonar o governo. Marina precisará lançar mão de outros argumentos para convencê-los. A saúde, por exemplo, recebe a aprovação de apenas 44%.

Publicado originalmente no blog #ComMarina, no site da revista Época, dia 25 de junho de 2010.

Um comentário:

  1. Marina espera que Lei da Ficha Limpa seja cumprida
    Bruno Bocchini

    Repórter da Agência Brasil

    São Paulo - A senadora e candidata à Presidência da República, Marina Silva, do Partido Verde (PV), disse hoje (2) estar preocupada com os 'dribles' na Lei da Ficha Limpa praticados por candidatos condenados pela Justiça. 'Estamos fazendo uma verdadeira vigilância em relação às candidaturas [do PV] para que não tenhamos nenhum problema. Espero que a lei seja cumprida, que agora não se faça uma fraude com o movimento que levou à aprovação da Ficha Limpa', disse.

    A candidata ainda afirmou estar conseguindo quebrar gradativamente a hegemonia dos dois principais candidatos à corrida eleitoral, José Serra (PSDB), e Dilma Rousseff (PT). 'Aos poucos nós estamos progressivamente quebrando a dualidade Serra e Dilma. Eu diria que temos hoje três candidaturas. Até bem pouco, as pessoas apostavam que só teriam duas'.

    Marina Silva voltou a cobrar uma cobertura da imprensa igual para os três candidatos. Marina ressaltou esperar que a mídia destaque as propostas e as trajetórias de cada candidato, e não as denúncias de dossiês ou arranjos políticos para a escolha do nome para o vice.

    'Agricultura, educação, gestão pública, esse debate o eleitor precisa fazer acontecer para que ele possa votar não na picuinha. A gente não pode ficar dando espaço para o que não é relevante. Aqueles que não abrem espaço para a questão de mérito, que o Brasil precisa debater, acabam fazendo o jogo de algo que não é bom para o país', disse.

    A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, assistiu ao jogo do Brasil contra a Holanda pela Copa do Mundo na Africa do Sul ao lado do presidente Lula. Dilma chegou ao Palácio da Alvorada cerca de dez minutos antes de começar a partida e vestia uma camisa da seleção brasileira.

    O candidato do PSDB, José Serra, visitou hoje Londrina, no Paraná, onde assistiu ao jogo do Brasil num hotel da cidade ao lado de políticos da região. Serra pretende voltar ao Paraná na próxima segunda-feira (5) para uma reunião com lideranças partidárias locais.

    Edição: Aécio Amado

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