A loucura de gostar faz da hipocrisia nossa companheira constante!!!
Estes dias, fiquei pensando muito nisto, afinal, vi e percebi a expressão mais forte deste pensamento.
Todos dizem que quando uma pessoa morre, acaba virando santo. Não tinha defeitos, ou melhor, até os defeitos acabam se transformando, e são revestidos de uma nova forma de expressão. Escutamos que o cara era o bicho, irreverente, bacana e amigo para toda hora.
Sim, mas como?
Isto tudo me fez pensar em Mangaratiba, a terrinha bonita que tanto amo. Lembrei-me da infância nos meses de verão e de inverno. Lembrei da estrada velha, da praia de areia extensa, da falta de luz, dos mosquitos, da praça, dos pitus, do pontilhão, do sufoco que era visitar os demais distritos no jeep de meu pai. Lembrei dos amigos veranistas de todos os anos, e lembrei também como eram tratados os que aqui moravam... chamavam de minhoca da terra. Era uma discriminação total em cima deles. Graças à família esquisita que tenho, este tipo de pensamento, só me ocorre agora, pois na época, tive a melhor convivência com os mais enraizados mangaratibenses. Praticamente crescemos juntos, pois verão e inverno, lá estávamos, adquirindo e transmitindo novidades .
Com este reviver, cheguei à adolescência... e lembrei das pessoas que começaram a “invadir” Mangaratiba.... e aqui em Muriqui, tenho minhas lembranças de alguns dinossauros que de certa forma, influenciaram muito a juventude local.
Lembrei dos “hippies” da baixada que aportaram com seus artesanatos, lembrei dos imigrantes em busca do Eldorado local... com suas “poções mágicas” que contribuíram muito para a proliferação do consumo de drogas em nossa terrinha.
Muitos abandonaram este ramo de negócios, depois de terem conseguido um patrimônio suficiente para iniciarem o comércio lícito. Mas, antes fizeram um estrago bem grande por aqui!!!!!
Ganhavam a grana “preta” no verão, e continuavam com uma freguesia fixa nos demais meses, pois a garotada local, já era clientela fiel.
Passei alguns anos sem vir na terrinha, época em que morei fora do Rio e perdi um pouco da história desta imigração e não acompanhei in loco, a evolução de alguns destes meus amigos. Mas, hoje, sei o efeito que causou e como contribuíram para o desenvolvimento da personalidade de meus antigos amigos de infância.
De minhas lembranças, só resta um dinossauro rex, que não é importunado por ninguém. Nem autoridade, nem pseudo autoridade e nem a própria população é capaz de perceber o tanto de destruição que este patrimônio cultural causa em Mangaratiba. Penso até, que quando morrer, farão singelas homenagens e dirão que sem ela, não seriam capazes de desenvolver Mangaratiba!
Amiga leila, talvez sem querer vc me fez lembrar da garotada da época que certamente hj não gostariam de lemnbrar do passado recente, e marcado pela própria natureza !!!! mas enfim marcas são marcas.
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ResponderExcluirPô! Quem é o dinossauro?
ResponderExcluirJá disse várias vezes que a coerência é a virtude dos imbecis. Ela é plenamente dispensável para quem tem o espírito crítico e combativo.
Sigo sempre o conselho de um ilustre filósofo (Emmerson): "diga hoje, com toda a convicção, o que hoje pensar; e amanhã, diga, com a mesma convicção, o que amanhã pensar, mesmo que contradiga tudo o que disse antes".
Mas, Leila, em um texto, a coerência da escrita é imprescindível.
Faltou coerência em seu texto, fiquei me sentindo um analfabeto funcional.
Perdoe!
ResponderExcluirTalvez este texto esteja só repleto das lembranças de quem viveu por aqui mais tempo que você.
Não estou escondendo nada,nem ao menos tentando ser coerente. É que o texto acabou sendo direcionado para uma pessoa que viveu aqui e ainda vive.
Foi como uma carta.
Novamente desculpe se não escrevi como gostaria!
Deu para ver que escrevi sobre drogas, traficantes e como isto deu seus primeiros passos por aqui?
Caso nem isto tenha entendido, novamente desculpe!
Ao menos percebeu que existe ainda um destes antigos vivendo por aqui, com toda paz e segurança?
Novamente desculpe o texto tão intimista!
leila
ResponderExcluirentendi e acho que não tem nada que falar nomes mesmo. o texto é sobre coisas que sabemos que acontecem e que não é uma postagem de fofocas ou de se criar polêmicas e gostei do respeito com que vc tratou o assunto.
Valeu!
ResponderExcluirTalvez tenha exagerado no devaneio, mas se algum de vocês entendeu, já está bom!
A intenção realmente não é apontar pessoas, mas falar sobre nossa forma de viver, ou talvez seja somente escrever, nem que seja bobagem.
Beijos!
Boas lembranças, cercadas de devaneios reais que só quem viveu aqui e curtiu os dias de verão, que pegou o macaquinho, a litorina, que pegou goiaba na rua e comeu jaca sentada na calçada relembram como era o verão em Mangaratiba. Lembranças de um ciclo vicioso que se instalou e até hoje insiste em permanecer na vida dos jovens daqui. Lembranças dos artesãos que acampavam e vendiam seus "trampos" na praça, que tocavam violão chamando para si a atenção.Lembranças
ResponderExcluirque vivem nos que aqui chegaram e pegaram de frente o Vieira e ficaram. Eu entendi: começo, meio, mas ainda não é o fim. Muitos do que aqui aportaram tambem vieram pro bem. beijos amiga Leila.
Aplicação da lei esbarra na lentidão
ResponderExcluirAutor(es): agência o globo:Cassio Bruno
O Globo - 16/02/2012
No Rio, de 28 pré-candidatos com mandato e processos, só um foi condenado em 2 instância
A aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições deste ano - se aprovada hoje no Supremo Tribunal Federal - pode esbarrar na morosidade do Judiciário. Dos 28 políticos do Rio com mandato de vereador na capital, deputado ou prefeito e que são citados em processos, apenas um deles seria punido e não poderia concorrer. A deputada estadual Andreia Busatto (PDT), conhecida como Andreia do Charlinho, foi condenada em segunda instância pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) por abuso de poder econômico e político. Ela pretende disputar a prefeitura de Mangaratiba, na Costa Verde, e recorre ao Tribunal Superior Eleitoral.
O levantamento de parlamentares que respondem a processos foi feito pelo GLOBO com base nas Justiças Federal, Estadual e eleitoral, além de tribunais superiores e informações da ONG Transparência Brasil. A Lei da Ficha Limpa proíbe a candidatura de políticos condenados em segunda instância ou com o processo transitado em julgado.
O cumprimento da pena, no entanto, tropeça em inúmeros recursos impetrados pelos réus. Para especialistas, a lentidão da tramitação dessas ações dificulta a aplicação, e parte dos processos acaba prescrevendo.
- Isso impede a aplicação da lei. Deixa de atender aos anseios da população, que é barrar esses políticos que querem se candidatar - afirmou o procurador regional eleitoral substituto do Rio, Paulo Roberto Berenger.
Andreia do Charlinho foi condenada em 19 de setembro de 2010, juntamente com o marido, o prefeito de Itaguaí, Carlo Busatto Júnior, o Charlinho (PMDB). Os dois foram punidos pelo TRE-RJ por usarem a administração municipal e veículos de comunicação da região para captar votos, tornando-se inelegíveis por oito anos. Em sua sustentação, a Procuradoria Regional Eleitoral relatou que funcionários não concursados foram desligados da prefeitura para pressioná-los a pedir votos para a deputada.
Procurada ontem pelo GLOBO em seu gabinete na Assembleia Legislativa (Alerj) do Rio, Andreia do Charlinho não foi encontrada. A assessoria da parlamentar não deu retorno aos pedidos de entrevista.
Para Eurico Figueiredo, cientista político e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), a Lei da Ficha Limpa, aliada a cobranças feitas pela sociedade, representam um avanço. No entanto, segundo o professor, o sucesso em sua aplicação ainda depende de uma ampla reforma no Judiciário.
- Hoje nós temos a instituição da vigilância, que é o cidadão acompanhando a atuação dos políticos. Temos o instrumento da punição, no caso a Lei da Ficha Limpa, mas ambos encontram a lentidão do Judiciário. Lento porque permite tantos recursos que acabam beneficiando o réu. Em muitos casos, são tantos os recursos que o crime prescreve. O réu não é punido. É preciso que isso seja revisto - disse Figueiredo.
Movimentos pela ética na política são unânimes em afirmar que, a médio prazo, a Ficha Limpa ajudará a evitar a candidatura de condenados que buscam mandatos, inclusive, para ter foro privilegiado. Além de melhorar a qualidade da representação no Legislativo.