quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Conversa fiada

Sigo tanto os blogs dos outros, que esqueço de escrever no meu. Leio todos os dias os blogs de diferentes temas e opiniões. Penso que na verdade sou aficionada no ser humano. Gosto do que dizem, quero entender o que pensam, tento vasculhar a alma de meus bloguistas. A melhor parte é desvendar como pensam ou vivem suas relações com a sociedade.
Sabe, às vezes a conversa "olho no olho" não é tão verdadeira como a que temos com nossos amigos virtuais. O contato visual, muitas vezes gera a barreira para que o interior se exponha. Esta barreira acontece em quem ouve e em quem se expõe, pois somos neste caso, pósconceituosos - amo inventar termos - e o pósconceito é pior do que preconceito.

Veja o preconceito, ele é fruto do não conhecimento, da ignorância mesmo e é baseado em nada. Se pedirmos uma argumentação para quem pratica o preconceito, seja ele de qualquer forma, teremos como resposta teorias embasadas em nada e irão nos atropelar com bobagens. Outros dirão: "Porque não!" "Porque não gosto!" "Sou assim!"

Agora o pósconceito é pior, pois é fundamentado em alguns padrões. Por exemplo, alguém que comete um crime e paga sua pena, alguém que faz uma escolha que para outros são errôneas, a aparência simples de uma pessoa, muitas vezes fazem com que as barreiras sejam levantadas entre pessoas.

E depois deste delírio todo, chego à conclusão que o meu pósconceito é o velho preconceito tentando ser justificado por alguém que tenta banir de sua vida todos os conceitos pré-estabelecidos e desta vida só quer que todos tenham o direito de viver, errar, acertar, amar e partilhar o aprendizado maior que não se busca só nas escolas. A vida foi feita para que possamos nos perpetuar no outro, nos sorrisos, nas lágrimas e nas ideias que impulsionam novos ideais, que jogarão os preconceitos dentro de uma caixa de chumbo que jamais será aberta.

Hoje estou delirando!

3 comentários:

  1. Eu gostaria de escrever assim. Não é delírio, Leila, é tanto sentimento. Não consigo. Preciso acentuar o meu lado feminino.
    Como me disse um professor de comunicação:
    "O ato de escrever é em si penoso. Quem tem apreço pela palavra sofre muito. A busca pela palavra que seja, ao mesmo tempo, exata e musical, é um parto. Dói muito. O sangue ferve.
    Ao fim de cada texto, mesmo que seja um simples bilhete, dou um suspiro de alívio. Sinto-me como Julio Cotazar, para quem o ofício de escrever é esticar o arco até o limite máximo. E, disparada a flecha,vai-se tomar vinho com os amigos. Só mesmo um desmiolado escreve por prazer."
    Eu, que ganhei metade da vida escrevendo - a outra metade foi criando - sofri muito. E, pelo jeito, com o seu blog e seus lindos textos, sofrerei ainda mais.
    Mas, espero continuar vivendo para lê-los todos os dias e comentá-los.

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  2. É isso aí, dona Leila! Seu processo de criação, está Divino!

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  3. Eu fico intrigada com estes comentários! Fico cheia de pontos de interrogação.
    Eu devoro os textos do Lacerda, me completam e provocam. Tenho acompanhado as postagens da Márcia e gosto do que leio.
    Lacerda, o seu lado feminino é acentuado, só que é durão, irônico e um tanto quanto lésbico. Está presente em todas as postagens e nós, seus leitores, percebemos.
    A Márcia, vem rompendo um casulo, e não é de agora, lentamente e dolorosamente, e isto nos leva a questionar alguns pósconceitos.....
    Eu escrevo quando não posso vomitar ações. É meu remédio para aliviar as dores do cotidiano. Não curam as feridas, mas impedem que fiquem latejando.

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