quinta-feira, 7 de julho de 2011

Marina Silva

Acompanho a trajetória de Marina Silva porque ela é algo novo neste momento histórico do Brasil em que tudo que poderia ser diferente, é e continuará igual, se nada mudar em todos nós. É possível discordar de suas ideias, mas é muito difícil duvidar de sua ética. E ética, é algo que precisamos beber constantemente em nossas vidas.
Sou fã da delicadeza de Marina Silva, ou Osmarina, que sabe como se ganha a vida e como se caminha na frente das adversidades. Mulher que já foi seringueira, empregada doméstica e que aos 16 anos, ainda não era alfabetizada, mas que com coragem e esforços que só encontramos nos melhores combatentes, se tornou professora. A inteligência foi a herança recebida, mas o aproveitar este legado, foi sua tenacidade. A elegância de Marina não está em modismos ou na forma de se vestir, mas transborda em seus gestos e ações.
Quem tiver um tempinho disponível para ouvir Marina Silva, disponibilizo os vídeos de sua participação no programa Roda Viva, apresentado no dia 13/06 em que ela comenta sobre o momento político no país, fala sobre o novo código florestal e a Usina de Belo Monte, assuntos que parecem tão distantes de nosso cotidiano, mas que interferem em nossa vida, nossos destinos e nossas expectativas de dias melhores.
Vivemos um momento de decisões de rumos a serem tomados e não podemos deixar de fazer parte destas decisões. Em nossa vida, quando não há um posicionamento, quando não compreendemos o momento que definirá nossa existência e de nossos filhos, estaremos jogando esta responsabilidade nas mãos de outros que sempre decidirão com ideias e falta de ideais que tanto vemos em nossa causa pública.
Como diz Marina, "as decisões e suas consequencias devem ser pensadas para longo prazo, mas os políticos são de curto prazo."
Ou nos relacionamos com o meio ambiente, ou não teremos esta chance mais adiante, pois ainda temos uma grande parte da população que coloca este tema como luxo, assunto pequeno ao qual não devemos dar a devida importância. E recursos naturais e a sua falta de preservação, já interferem em nossas vidas. Tais questionamentos nos levariam a refletir sobre todas as perdas que já sofremos pela contaminação do meio ambiente e que nem mesmo nos importamos com lixões, rios poluídos, águas contaminadas, falta de saneamento básico, que adoecem o corpo e matam a dignidade.
E a manipulação de conceitos, ocorre firme quando o assunto é meio ambiente, para que a festa de poucos continue a ser o funeral de todos. Afirmam que ecologistas ou aqueles que lutam por preservação ambiental são contra o progresso e desenvolvimento, demonstrando assim, a ignorância e a ganância destes "progressistas" de plantão, que nunca se sentiram capazes de promover o desenvolvimento sustentável e consequentemente aderir a conceitos mais atuais de progresso.
O Brasil quer caminhar na contra-mão dos demais países, "desenvolvendo-se" com práticas abolidas no restante do mundo.

Marina Silva é a única que mantém um discurso embasado em conhecimento, voltado para mudanças de futuro para nossos descendentes. Mas, sem que a sociedade tenha um envolvimento, a democracia é somente uma historinha que contamos como uma utopia. A questão ambiental é nosso cotidiano, ela abrange educação, saúde, obras, turismo e principalmente atinge em cheio nossa dignidade, liberdade e direitos a vida plena

Assistam Marina:







7 comentários:

  1. Seu texto caiu no dia em que Marina, depois de usar o PV como legenda, deixa o partido por incompatibilidade. E explica.
    Na sua ação apaixonada você vai coroá-la com as folhas de louro gregas.
    O blog é seu e você faz nele o que quizer, escreve o que quizer mas gostaria que você se permitisse ao questionamento.
    O presidente do PV não concordou com ela ou ela não concordou com o presidente?
    Quem não está atendendo os interesses de quem?
    E quem era VERDE por Marina? Amarelou.
    Todos querem um partido para chamar de seu.
    A Natura vai financiar um partido para ela?
    Admiro a luta dessa mulher mas ainda tenho um pé atras com a política Marina : se não me dão o que quero não serve para mim. Vide o PT, não indicada para presidência,saiu - por uma causa humanitária é claro -
    Será que nos cultos da Assembléia de Deus ela também questiona a Biblia? Acho que ela vai fundar uma igraje para ela também.
    Esperemos...........

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  2. Legal tua postagem, mas convenhamos que a saída do PV é em acordo a muitas mudanças de direção que a política deve seguir para não estagnar em algo que não está funcionando.

    O PV tranformou-se em um PMDB com roupa mais moderna.

    A argumentação da carta aberta de Mauricio Brusadin, explica melhor do que eu poderia fazê-lo:


    "Prezados Verdes, Infelizmente a direção estadual de São Paulo acaba de ser novamente cancelada pelo presidente nacional José Luiz de França Penna. É uma decisão arbitrária, tomada pela segunda vez em menos de quatro meses, sem que a Executiva Nacional fosse ouvida e contra as próprias atribuições estatutárias. O estatuto do Partido Verde prevê mandatos de dois anos e essa direção que estava em vigor não completou um ano e três meses.

    Entretanto, para nosso presidente pouco importa o que está escrito no estatuto, o que impera são suas vontades. Mas como funciona esse modelo de nomeação implantado no partido? Contrariando o estatuto do PV, o presidente define de sua cabeça os prazos de validade para as direções estaduais, de forma que elas fiquem sob seu controle. ....

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  3. A cada período os presidentes estaduais têm que ir com o “pires na mão”, para negociar sua permanência em troca de “bom comportamento”. Esse mecanismo, além de obscurantista, acentua uma forma de fazer política que não condiz com as propostas que apresentamos para o século XXI. Me nego a ir com o pires na mão para negociar com o presidente nacional. É este processo do “toma lá da cá” que sustenta uma maioria artificial e autoritária na direção nacional do partido."

    Mas quais são os pontos sobre os quais discordamos e levaram o Penna a cancelar a direção de São Paulo? A atual executiva estadual de São Paulo atendeu a todos os critérios estabelecidos no plano de metas das eleições de 2010, cumprindo a tarefa de aumentar as bancadas parlamentares, de contribuir para a eleição de dirigentes e de atingir o quociente mínimo de 5% dos votos válidos.

    Esta mesma direção apresentou os melhores resultados eleitorais do PV em todo o Brasil no pleito de 2010, conforme apontam os seguintes índices percentuais, de acordo com o TSE:
    Votação para Deputado Federal (geral): 1.716.592 ; 8,05%

    Votação para Deputado Estadual (geral): 1.949.603 9,18%

    Votação para Senador: 4.117.634 votos - 11,2%

    Votação para Governador: 940.379 votos – 4,13%

    Votação para Presidente: 4.865.828 votos - 20,77%

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  4. Se a direção de São Paulo apresentou os melhores resultados, cumpriu a árdua tarefa de eleger dirigentes, e ainda teve o desgaste de cumprir a decisão da executiva nacional de colocar com prioridade na TV esses candidatos, qual a razão pela qual ela servia antes e agora não serve mais? A resposta é simples e caminha em duas direções: a primeira é que a direção paulista colocou em prática um projeto para democratizar o Partido Verde no estado, projeto esse que consistia em realizar eleições regionais, municipais e estaduais.

    Esse projeto já estava em andamento, pois realizamos as eleições regionais que foram bem sucedidas. Agora começaríamos as eleições municipais para que as comissões provisórias se tornassem diretórios de verdade e depois realizaríamos até agosto deste ano as eleições para a executiva estadual. Para garantir a isenção neste processo, eu já havia renunciado à possibilidade de concorrer à reeleição, pois, se sou contra a reeleição do Penna há 13 anos no Poder, devo ser o primeiro a dar o exemplo.

    Esse processo de democratização, que foi aceito e festejado por todos os filiados, que pela primeira vez iriam votar, pelos coordenadores regionais e pelos presidentes municipais que lotaram a Assembléia Legislativa para apoiar e aprovar esta idéia, encontra-se totalmente comprometido pela decisão de cancelamento da direção de São Paulo.

    Esse comportamento autoritário faz todo o sentido. Se a onda da democracia pega, daqui a pouco os filiados passarão a pedir eleições diretas para presidente nacional do partido....

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  5. A segunda razão se refere ao fato de que este presidente que vos escreve, na única reunião da executiva nacional deste ano, votou contra a proposta de ampliação automática do mandato da direção nacional sem eleições diretas, no que foi acompanhado pela ampla maioria dos demais dirigentes estaduais presentes.

    Como se não bastasse, organizamos um grupo para debater a democracia interna, que se denominou “Transição Democrática”.Percorremos os estados para debater as mudanças no estatuto do Partido Verde, acompanhados de nossa candidata à Presidência da República Marina Silva. Por onde passamos, além de resgatar a esperança de todos os filiados, discutimos em audiências públicas quais eram os principais problemas da nossa carta interna, nunca ofendendo a direção do partido, apenas reconhecendo que precisamos de mudanças. Mesmo com toda esta cautela, em cada estado por onde a Caravana da Democracia passava, contabilizávamos a baixa de um dirigente que nos apoiava.

    Sem autorização da Executiva Nacional, sem colocar em votação e nem convocar uma reunião da direção nacional, expurgou os dirigentes estaduais ligados à Transição Democrática nos estados do Ceará, Mato Grosso e agora São Paulo. O cancelamento de São Paulo aconteceu porque o Penna não quer democracia interna e não deseja construir um projeto autônomo para o partido. Tornamo-nos mais um partido como os outros, somos reféns do “peemedebismo”, uma espécie de federação de interesses, cujo desejo maior é entrar em qualquer governo, independente do conteúdo programático.

    A direção do Partido Verde se encastelou: não se reforma e nem deixa se reformar. O PV, como todos os Partidos nessa era de desilusão com a política, está acomodado na tradicional posição de fazer o cerco e a corte ao poder e, com isso, não nos afirmamos na sociedade. Somos, talvez, o único partido que poderia fazer essa ponte entre a sociedade e a necessidade de organização institucional, mas preferimos acentuar os instrumentos da política tradicional, pois nosso presidente não está antenado com os recados dados pelos 20 milhões de pessoas que votaram e pediram pelo novo jeito de fazer política.

    A resposta dada àqueles que pedem por mais democracia, mais tolerância aos que pensam diferente, mais transparência, mais diálogo, mais generosidade foi a velha e tradicional “canetada do Penna”, ou seja, a manutenção do instrumento da provisoriedade para garantir sua tutela e, infelizmente, a não abertura para o processo democrático dentro do PV.

    Como diz o Chico Buarque, algumas pessoas têm medo da mudança, eu tenho medo que as coisas nunca mudem. É uma Penna! É ESSE O PARTIDO QUE QUEREMOS?

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  6. Leila,meu nome é Vera e
    VER A verdade é fundamental
    VER A cidadania é fenomenal
    VER A opressão q mangaratiba vive é letal.

    Cumpra seus ideais,não se venda,fique com Deus.

    Vera Castro

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  7. Legal! Mais uma Castro na área.

    Já disse que somos muitos os Castros!

    Obrigada!

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