quarta-feira, 27 de abril de 2011

Tô de arrasto já faz tempo....

"Continuo achando graça nas coisas, gostando cada vez mais das pessoas, curiosa sobre tudo, imune ao vinagre, às amarguras, aos rancores." - Zélia Gattai


E aproveitando o "momento citação", vou tirando meu proveito para falar com meus dedos, aqui no blog.

Assim também sou arrastada pelos caminhos desta vida, sem desencanto, sem grandes expectativas de "conduzir" a vida. Sou mesmo arrastada, sem que em um momento sequer, me sinta menor ou impotente.

"Tô" de arrasto! Arrasto gostoso como sente o surfista que a onda deposita na beira da praia.
"Tô" de arrasto! Arrasto cheiroso que me carrega o aroma do café até o bule.
"Tô" de arrasto! Arrasto medroso que o frio da barriga me proporciona quando preciso falar em público.
"Tô" de arrasto! Arrasto corajoso que o suor gelado me causa quando vou contra a humilhação.
"Tô" de arrasto! Arrasto choroso que as lágrimas me proporcionam quando dou soco em pedras.
"Tô" de arrasto! Arrasto risonho que minha alma sente toda vez que percebo as marcas que deixei nas pedras.
"Tô" de arrasto! Arrasto briguento que se revolta do arrastar.

É, "tô" de arrasto nesta vida, conduzindo o destino que me conduz.

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