terça-feira, 19 de abril de 2011

O medo causado pela inteligência

Quando fico muito "invocada" com a mediocridade, costumo abrir o arquivo que recebi de meu amigo Lacerda.

Leio, releio, me realimento e me reanimo!

Lacerda, é um destes homens que sabe estimular uma pessoa a não esmorecer. Usa por vezes, métodos estranhos, tanto pode estimular os bons raciocínios, como os sentimentos e as reações. De qualquer modo é positivo, pois sem isto, seremos prisioneiros de nós mesmos, vivendo somente sob nossa própria ótica.

Então, como venho sendo "desqualificada" como pessoa, justamente por me considerarem inteligente, resolvi postar o texto do arquivo enviado por meu amigo, para que sirva de estímulo para mais pessoas.

O autor é desconhecido, mas é bom demais:


Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estréia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembléia de vedetes políticas. O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal: "Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável. Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta."

E ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pode dar ao pupilo que se inicia numa carreira difícil. A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas é medíocre e tem um indisfarçável medo da inteligência. Isso na Inglaterra. Imaginem aqui no Brasil. Não é demais lembrar a famosa trova de António Alexo, poeta português:

Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência
Que às vezes fico pensando
Que a burrice é uma Ciência
Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições. Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam o apetite do poder. Mas é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar. Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos.
Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do Elogio da Loucura de Erasmo de Roterdan, somos forçados a admitir que uma pessoa precisa fingir de burra se quiser vencer na vida. É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social. Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota automaticamente a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar.
Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas, enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender. É um paradoxo angustiante.

Infelizmente temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida.
Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues: finge-te de idiota e terás o céu e a terra.
O problema é que os inteligentes costumam brilhar. Que Deus os proteja.
Outro problema é que nem sempre o Poder é fruto da inteligência e o Mundo vai de Mal a Pior. Que Deus nos proteja.

9 comentários:

  1. É verdade...
    Ser inteligente pode ser a ponta da espada sobre a sua cabeça.
    Pior é ser inteligente e visível.
    Quem se atreve a fazer isso corre o risco de ser defenestrado até da vida social.
    Mas há uma diferença fundamental entre aquele que é inteligente e aquele que com uma inteligência média absorve o conhecimento acadêmico e ai... todo mundo é burro.
    É preciso que a inteligência se manifeste como capacidade de rápida associação e antevisão. Isso é o fator que determina a inteligência pois dará oportunidade de melhor escolha. Essa visão de futuro e que falta nas escolhaspolíticas municipais.
    A gente vai levando....

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  2. Por vezes quero parecer burra e ate consigo assim fazer. Mas isto causa uma tristeza interior imensa, talvez por isso uso fakes para não ser pretencioso . Espanto maior é perceber que mesmo diante de minha falsa burrice consigo ser inteligente e isso me perturba ainda mais porque aqueles que admiram e conhecem minha inteligencia e capacidade fakeana, por vezes desvalorizam frente a frente, por nao saberem neste meado quem sou e atacam ferozmente quando por vezes estão colados comigo.Na verdade julgam roupas , aparencia e situação financeira.Coitados!!!!

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  3. Falaram tudo!

    Esta é hipocrisia dos "olhos".

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  4. Agora, para o primeiro anônimo,

    Você esqueceu da inteligência emocional, que não pode ser dissociada ou esquecida. Hoje, sabemos que capacidade em absorver conhecimentos e racionalizá-los, não serão suficientes para que tenhamos a capacidade em agregar valores e manter a percepção no outro.

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  5. Caralho, tá foda acompanhar vcs!!!!!!!!!!!!!!!
    Cada depoimento fudido!!!!!!!!!!!!!!!

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  6. É que estamos filosofando fakeanamente!
    São devaneios de fakes.

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  7. Estou amando...me deliciando com os comentários...Que bom que em nossa cidade temos ainda pessoas inteligentes...Aff!!Tô cansada de tanta mentira nessa política...muita sugeira.Bom feriado galera!!!

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  8. Leila,

    Eu te conheço. Eu sei que isto é uma verdade que incomoda os tais desprovidos de "massa cinzenta", mas fazer o quê? A maldade é a arma dos incompetentes, a inveja é o refúgio dos incapazes e o pior de tudo isto, é que os pobres infelizes nunca saberão, com que facilidade pessoas como você absorvem conhecimentos e crescem como pessoa cada dia de sua vida. Não se importe com os pobres de espírito, eles não sabem o que dizem...

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