De heróis a vilões

Volta e meia, vejo as loucuras que passam em nossa mente, despejadas na net. As minhas, as suas e na verdade, as nossas loucuras.

Aí, tento ir mais fundo no que significam estas coisas e acabo rindo, mas também me preocupo com nossa fragilidade intelectual.

A formação política de Mangaratiba é muito esquisita e até mesmo os que não são daqui, por diversas vezes são contaminados pela histeria coletiva que forma heróis e os transforma em bandidos de cinco em cinco minutos.

Chegam a conclusões bombásticas e aproveitam o medo e a insegurança da população para fomentar o desvio em nosso raciocínio equilibrado. Moldam os heróis a partir de ações inerentes a suas funções, mesmo quando sabemos que a intenção desta ação é de interesse do próprio executor e nada de tão nobre possui.

Acho que a memória de todos é curta e isto faz com que aquele nobre herói, passe a ser um terrível vilão, responsável por tudo de podre que acontece na política.

Isto é improdutivo, ficar apontando as possíveis falhas baseados em coisas que infelizmente só temos notícias por boatos. Não afirmo que é mentira ou verdade, mas se ficarmos neste negócio, vamos acabar recebendo o contra ataque, afinal todos tiveram, ou tem telhados de vidro.

A preocupação com o passado ou presente político de um candidato é show, mas somente no que se pode olhar de frente e dizer; "Você fez isto ou deixou de fazer!"

Só que em minha opinião, o mais importante é o que proporão a população e como compromissá-los em seus planos de governo.

Campanha limpa, campanha voltada a população, pois se falarmos em RENOVAÇÃO, teremos que abrir espaço para novas lideranças que não tivessem participado da política nojenta de Mangaratiba.

Então penso que o momento, já que não há RENOVAÇÃO, seria o de INOVAÇÃO, aproveitar o que temos por aí e modificar a performance política.

Exigir respeito. Exigir conduta e transparência nas ações, exigir canais de informação e bons planos para o mandato, sabendo que milagres não acontecerão em dois anos de verbas compromissadas e desaparecidas.

Inovar com a participação da população em decisões de orçamento e destino prioritário de nossas verbas.

Exigir que seja feita uma varredura nos fornecedores e seus contratantes corruptos ou corrompidos.

Inovar na convivência ética entre os poderes, sem que a população precise respirar o mau cheiro que exala de seus representantes.

Em 06 de Fevereiro, vou dar meu voto a quem atender minhas expectativas cidadã, deixando de lado os heróis ou os vilões e tentando eleger alguém que seja inteligente o suficiente para saber que em dois anos, teremos novas eleições e não esquecerei de seus compromissos.