sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A praia, o bronzeado e a cidadania

A praia no início do século passado, era lazer para poucos, os motivos são diversos, mas naquela época, os poucos que frequentavam estas maravilhas da natureza, não tinham como um dos objetivos, o bronzeamento, já que a moda era pele clara e aveludada.

Na metade do século passado, a praia se democratizava e era lazer para muitos, tanto os que moravam perto, como para aqueles que enfrentavam longas horas para chegarem e disputarem um lugar ao sol. E nesta época, o bronzeado já estava adquirindo seus fãs, que ficavam horas expostos ao sol.

Lá pelos anos 70 e 80, ir à praia era a maneira de pegar um bronze, encontrar sempre as mesmas pessoas, jogar um frescobol e alguns, bem no entardecer, puxavam um fumo para ver o sol se pôr, terminando assim um dia de ondas e papos estranhos. O bronzeado se conseguia com Coca-Cola e óleo de avião (acreditem)!

Nas outras décadas, o bronzeado já era conseguido com bronzeadores vermelhos e melados como o tal de Rayto del sol.

Depois vieram os bronzeadores mais seguros para a pele, de empresas que investiram em pesquisas. E chegamos aos bronzeadores com filtro solar, fatores de proteção que chegam até 60.


E eu com isto? Acho que irão me perguntar!


Postei esta bobagem, só para ilustrar de forma bem simples, a evolução da ciência, da humanidade e da informação.

Hoje, não precisamos ser biólogos, médicos ou cientistas para saber que exposição ao sol sem proteção, provoca câncer de pele. Com a destruição da camada de ozônio, com a destruição do meio ambiente em geral, hoje o sol é um inimigo mortal da humanidade, se não soubermos conviver com o estrago que fizemos.

Sabem o motivo desta postagem? É entender que sem evolução cultural, sem informação, sem curiosidade em "descobrir" mais e mais, estamos fadados a maior desgraça do ser humano que é a ignorância passiva, altiva em seu escuro, que matará, que fará com que sejamos sempre joguete nas mãos de outros ignorantes que vislubram somente poder, dinheiro e status.

Dizer que algo sempre foi assim, é o mesmo que dizer que estamos estagnados. Que não acompanhamos a evolução da ciência, que não usamos as informações que temos acesso para o benefício de todos. Afirmar que a contestação a algo ruim é desamor, nos coloca antolhos para o sentido real desta palavra e do conceito maior que ela trás consigo.

Amar é querer o melhor para quem amamos. E amar um lugar é amar também sua gente, fazendo de tudo para que mais e mais pessoas, tenham seus direitos garantidos, para que façam suas escolhas pessoais e possam mais adiante, contribuir com os conceitos de cidadania que foram duramente conquistados por todos nós.


OBS: Não precisei viver no início do século passado, para ter estas informações! Nem estava aqui quando do descobrimento do Brasil! brincadeirinha....

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